Paulo é diretor da ABCOP – Associação Brasileira de Consultores Políticos e autor do capítulo “Do anonimato à vitória em apenas 43 dias”, publicado no livro “Marketing Eleitoral: Aprendendo com Campanhas Vitoriosas”.
Dentre os diversos assuntos abordados na palestra, o especialista destaca a importância de o candidato identificar se deve ou não participar do pleito municipal do próximo ano. Segundo o palestrante dois passos são fundamentais, vontade e motivo. “Tendo consciência dessas duas condições básicas, o primeiro passo é fazer um diagnóstico do ambiente onde terá que disputar votos, para saber se existe uma oportunidade eleitoral que possa ser aproveitada. O resultado desse diagnóstico é que vai ajudá-lo a decidir se deve ou não participar de um pleito eleitoral. Nesse diagnóstico são analisadas as percepções dos eleitores em relação ao momento presente, suas perspectivas de futuro, como enxergam a atual administração e os principais políticos, as principais demandas populares e os sentimentos em relação ao próximo pleito.”
Para ele, os eleitores já começam a definir em quem vão votar dois anos antes das eleições, mesmo sem saber quem serão os candidatos o eleitor já tem seus critérios para decidir o voto. “Os eleitores já sabem se querem continuidade ou mudança na administração municipal de qualquer município. E isso é determinante para os candidatos saberem se devem fazer uma campanha situacionista ou oposicionista, não importa se sejam da situação ou da oposição. Depois de anunciados os candidatos, os eleitores escolhem em quem vão votar primeiro considerando esse alinhamento com os valores e sentimentos que já existem hoje. Depois vão analisar quem representa isso com mais convicção, com mais segurança e credibilidade. Aí é que pesa a imagem que cada candidato conseguiu construir ao longo da sua vida.”
Di Vicenzi menciona que os partidos que estão em dúvida se participam de uma coligação, ou lançam candidato próprio terão essa resposta na palestra. Para ele uma das ferramentas fundamentais é o diagnóstico eleitoral, ele apresenta o DEX – Diagnóstico Eleitoral Expresso, que permite levantar informações em pouco tempo. “Usando o DEX podemos apontar a conveniência ou não de alianças partindo da percepção dos leitores, bem como identificar a imagem da atual administração municipal e dos principais nomes que podem ser candidatos a prefeito.”
Um alerta feito pelo especialista, é que nenhuma campanha está ganha, e os candidatos não devem estar tranquilos, através dos dados de uma pesquisa, principalmente as quantitativas, aquelas que mostram números, percentuais e gráficos. Para ele, mesmo sendo difícil, pode haver uma virada nos resultados. “Eu mesmo iniciei a campanha para um candidato a prefeito que tinha 2% de intenção de voto, faltando 43 dias para a eleição. O candidato preferencial tinha 48% de preferência junto ao eleitorado e cinco candidatos disputavam o cargo. O meu candidato era o último da lista, totalmente desconhecido pela população. Vencemos aquela eleição por apenas 65 votos, em um colégio eleitoral de 80 mil eleitores.”
“Quando me perguntam quando uma campanha é cara, eu sempre respondo que é aquela que perde. Não importa o valor. Agora, eu tenho visto muitos candidatos jogando fora montanhas de dinheiro durante a campanha, pagando caro por coisas que não funcionam e que não ajudam a ganhar votos. Tem muito espertinho que se aproveita do desconhecimento dos candidatos pra vender ilusões. Uma delas é a supervalorização das mídias sociais.”
Finalizando o palestrante menciona que o eleitor espera que o candidato cumpra suas promessas. E, caso encontre algo que impeça isso, que seja capaz de manter a população informada sobre, e aponte as alternativas que possam ser adotadas. Ele menciona que a palestra é indispensável para o entendimento de como se portar perante o eleitor, principalmente neste momento, e que o objetivo não é criar táticas para enganar os eleitores. “Nós, estrategistas eleitorais que fazemos parte da ABCOP-Associação Brasileira de Consultores Políticos, somos conscientes da responsabilidade do nosso trabalho. Nós não somos "marqueteiros", aqueles que fazem qualquer coisa em troca de dinheiro. Nossa preocupação e nossa responsabilidade é orientar corretamente nossos clientes, partindo sempre da principal referência que pode existir: os eleitores. E não importa o quanto os eleitores possam saber de política. O que importa é o quanto os políticos sabem dos eleitores. E nisso podemos ajudar muito, inclusive com palestras como essa.”
A palestra é uma realização do blog e conta com o apoio da Unisul TV, Qualidata, ESE – Escola Superior Eleitoral, TelePovo e DiVicenzi Voto e Poder e pretende auxiliar os candidatos interessados em concorrer ao pleito eleitoral de 2016, e alertar sobre as responsabilidades do político junto aos eleitores.
A palestra tem um número limitado de participantes, e os interessados, em participar, podem adquirir o acesso através dos telefones, ou WatsApp: 48 9803 4387 / 9625 3293, ou através do e-mail: AssessoriaPolitica2016@gmail.com
