Em assembleia realizada nesta quarta-feira (03/06), em Chapecó, professores estaduais decidiram voltar às salas de aula na próxima segunda (08/06). Isso porque a greve de 72 dias será interrompida por 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30, período em que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Santa Catarina (Sinte-SC) e o governo do Estado irão se reunir em mesas de negociação, a primeira acontece na próxima segunda.
Com a presença de 3 mil professores, a decisão foi aprovada por 70% dos presentes. Porém a ala contrária ao fim da paralisação criticou a decisão. Professores rasgaram dinheiro, e jogaram objetos na diretoria do Sinte e chegaram a agredir o coordenador estadual Luiz Carlos Vieira que sofreu agressão e precisou ser escoltado por policiais.
De acordo com Vieira, as regionais que rejeitaram foram as de Florianópolis, Criciúma, Araranguá, Itajaí, Laguna e Tubarão ele acusa esses professores derrotados na votação de tentarem “inviabilizar a assembleia”.
Por outro lado, a ala contrária ao fim da greve critica a falta de consistência nas propostas do governo e principalmente o local escolhido para a realização da assembleia. O Sinte deslocou a reunião para a região Oeste do Estado, onde existe um número muito baixo de professores que aderiram à greve, o que resultaria a decisão pelo fim da paralisação.
O blog teve acesso a uma publicação feita na página de uma rede social da regional do Sinte de Rio do Sul. Na postagem, os professores da região, que em grande maioria não estão em greve, são convidados a deixar as salas de aula para participar da assembleia, tendo a falta justificada como reposição de aula. A postagem diz que essa medida foi acordada com o gerente regional da 12ª Gered de Rio do Sul, Osni Packer.
Publicação feita na página de um grupo do Sinte de Rio do Sul |
A regional do Sinte de Laguna acusa a direção estadual do sindicato de terem traído os grevistas. “De forma alguma fomos derrotados. Nossas armas foram a coragem e a verdade. As armas deles: a mentira, a traição de dirigentes sem escrúpulos que precisaram se rebaixar ao extremo.” Relato da professora Pedra.